quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

ANOREXIA

Olho-me no espelho
E o que vejo senão um esqueleto?
É a ausência de vida
E onde estão as minhas mãos feridas?
Escondidas atrás de mim
Pois a chuva cai de meus olhos, lentamente
(Nesse adeus perdido)
Como se quisesse atrasar o tempo
Sim, meu corpo pede mais um pouco
Enquanto tu pareces indiferente
Onde ele está?
Isto que sinto vai me invadindo
Até eu não agüentar mais, e gritar:
- Quero-te aqui pra sempre!
Não me deixes mais sozinha,
Não quero mais te ver partir...
Este amor só enxerga teus olhos!
Sem ti não há razão de existir...
Meus ossos dizem que estou morrendo,
Porque não me alimentas com teu amor!
Não posso dizer teu nome,
Mas meus lábios têm sede...
Devolve-o para mim?
E nunca mais me deixe assim,
A ponto de dizer que lamento
Não conseguir me alimentar de vento,
Pois só o teu calor preenche
O oco que há em mim.

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