quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

POEMA INDESCRITO

(Não precisou que eu te tocasse ou visse
para que me apaixonasse)

Não foram teus olhos
Não os vi
Não foi tua voz
Não a ouvi
Tu eras ausente de mim
Mas ao ler tua alma
Atentou à minha
Tudo o que escrevias
Me invadia
Como um reflexo pávido de amor
Que só teu coração sentia
A cada palavra que eu lia
Naquela tela preta
Minha parte tangível
Esmorecia
E me tornava sensível
Suscetível
A cada verso que tu construías

(Sem nem sequer saberes
que eu existia)

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