quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

POEMA SEM FIM

O amor estava num lugar,
que nunca imaginei,
onde nunca encontrei...
Andei por muito tempo,
perambulando sem destino...
Os pedaços de vidro do espelho
em que olhei para mim mesma,
eram deixados pouco a pouco
na beira do caminho,
ensangüentados de mágoas.
Talvez,
por todo esse tempo,
enxerguei o que não deveria.
E com o seu passar,
o vazio encheu-se cada vez mais,
afogando a falta
em minhas próprias lágrimas.
Como demorou a desaparecer,
como tardou em apagar-se de vez
dessa vida infeliz.
Coração inocente...,
esperava apenas um nobre caráter
que tivesse a gentileza de olhá-lo,
esperava um pouco de paz
e ao menos um motivo
pra que pudesse sorrir.
Nunca encontrei,
porque talvez nunca existiu!
Ninguém seria capaz
de compreender essa memória profunda,
nem de conquistar algo tão vago
sem ter a certeza de que seu fundo
é um diamante de valor inestimável...
Foi assim que
decidi dar continuidade à solidão
e esquecimento do qual vivi,
mas de forma brilhante!
Iluminando a escuridão,
e transformando a falta
em palavras eternas,
para que sempre sejam lembradas.
Ou...
para quem sabe, um dia,
venha existir alguém que entenda
o mistério interno dessa alma viajante,
capaz de fazer dela versos sonantes,
dando beleza ao poema infinito.
O amor?
Estava num lugar que nunca imaginei,
onde nunca encontrei...
a chave que se perdeu.

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